domingo, 21 de dezembro de 2008

VIOLÊNCIA GRATUITA (1997)


Para muitos o filme mais estranho, tosco e sem noção realizado. Para outros, o melhor, mas perfeito e sensacional filme já feito. Minha opinião? Pois é, já foram as duas!!! Acredite se quiser...

Minha primeira impressão foi ao ver o remake do filme (refilmagem cena a cena do original). Acabou o filme e eu disse “Só isso? Vá pra casa do ***#@#@!!!”.

Foi um dos filmes mais chatos e sem sentido que eu já havia visto na minha vida. O modo que Michael Haneke havia dirigido o filme havia me deixado MUITO fulo da vida.

Mas depois de MUITO tempo, eu assisti o original. Ah como mudou...

Para mim, atores BEM melhores que do remake, mas com a mesma monotonia.

O filme já inicia mostrando o estilo de câmera que veremos por quase o filme inteiro – parada. Começa com as personagens principais, Anna (Susane Lothar), Georg (Ulrich Mühe) ,o filho Georgie e o cachorro da família, indo para uma casa de verão enquanto escutam ópera (que é interrompida por uma música sem noção de Metal assim que o título do filme toma conta da tela, e que vai ser ouvida mais duas vezes durante o filme, então agüente os gritos!).

A seqüência inicial pode se tornar chata porque, assim que eles chegam na casa, uma sequência de pelo menos cinco minutos com a família desembrulhando as coisas e o cachorro andando pela casa se inicia. Mas é exatamente esse o clima do filme (que eu não tinha entendido muito bem da primeira vez que eu vi, esperando algo muito sangrento, agitado e “clichezento”.).

O filme em si é uma crítica do diretor e roteirista Michael Haneke aos clichês (bem pelo menos eu acho que é isso...). Ou você já viu Jason ou Freddy conversando com a câmera e perguntando se os personagens devem morrer ?! Eu pelo menos nunca vi...


Só depois eu percebi que o que eu odiava no filme era o “toque especial” que ele tinha, ou seja, tudo o que acontece no filme, nunca foi visto antes, e foi feito de uma forma brilhante só pra criticar os malditos clichês! (que pelo menos, é o que EU acho...).

Os psicopatas do filme são dois, me perdoem a palavra, filhos de uma puta. Eles são Paul (Arno Frisch, pra mim o melhor do filme) e o gordinho Peter (Frank Giering), dois jovens que não têm nada o que fazer e se divertem (os “Funny Games” do título original) torturando famílias! Sim, tenho raiva deles!

Não vou revelar muito da história do filme por que esse é O-B-R-I-G-A-T-Ó-R-I-O. Vou contar algumas coisas do filme, então se você não assistiu, pare por aqui...

Se ainda está aqui, adiante!

----------ATENÇÃO, CONTÉM SPOILERS, E PODE ESTRAGAR AS SURPRESAS DO FILME---------

A sacada do filme é a criatividade. Tem cenas que, de primeira (quando assisti ao remake e ao próprio original pela primeira vez) são pura tosqueira, e loucura da cabeça de Haneke. Acontece que elas são é geniais! Po, repito, eu pelo menos nunca vi os vilões de Pânico conversando com a câmera, perguntando para o espectador se ele está do lado das vítimas ou dos assassinos!!!

Uma outra cena que é muito boa (e que eu ODIAVA há um

mês) é a cena mais criticada do filme. Em certa parte do filme, o gordinho Peter vai fazer um lanchinho na geladeira enquanto Paul tortura um pouquinho a coitada da Anna. Na distração, Anna consegue pegar uma espingarda que Paul havia deixado ao seu lado e atira em Peter. Paul imediatamente imobiliza Anna, pega o controle remoto e VOLTA A CENA DESDE O INÍCIO, PARA IMPEDIR A MORTE DO AMIGO!!! De início, ridícula, mas depois, genial! Duvido que Jason sobreviveria a isso hahahaha...

Um outro fato do filme, é o fato de as mortes serem todas off screen. Quando Peter atira em Georgie (sim o garoto!), a câmera apenas mostra Paul fazendo um lanchinho na geladeira, enquanto ouvimos os gritos desesperados de Anna e o barulho do tiro, e apenas depois é mostrada a TV cheia de sangue, e o corpo do garoto jogado no chão...

O fato de eu ainda não gostar do remake são os atores. A única realmente boa é a Naomi Watts, que além de linda é uma ótima atriz. Os assassinos estão MUITO (bom ênfase no “muito”) afeminados. Paul parece uma moça, sem ofensa. Fora isso é IGUAL, em tudo, falas, cenas, cenário, músicas, tudo. Ah e o diretor é o mesmo também...

Enfim, se você gosta de novidades, violência psicológica, ópera e Metal (hahaha...) não pode perder esse que, só agora, para mim, é um clássico imperdível. Vale a pena conferir!

Um comentário:

Anônimo disse...

assisti por recomendação de um amigo, o filme é genial! assistam vocês tbm, demais leitores. *achei aquela "cena do controle" desnecessária.